terça-feira, 30 de setembro de 2014

FII: Resultado das indicações de setembro

As indicações do blogger em setembro renderam 2,4%, considerando os proventos no calculo ([Valor em 30/9/14 + proventos] / Valor em 29/8/14). Sem os proventos, o rendimento foi de 1,4%. O IFIX do mesmo período 0,57%. Mais uma vez o blogger ofereceu um rendimento muito superior a média do mercado. Variações individuais:

EDGA11B: alta de 2,8%. Apesar de 100% locado valor da cota ainda estava muito baixo. A alta foi uma correção, mas ainda incapaz de ajustar o DY para a média do mercado.

MFII11: alta de 1,0%. não foi uma indicação especulativa, mas de um fundo que apresenta um DY muito elevado. Foi a alta mais modesta, mais pelo provento pago.

NSLU11B: alta de 1,9%. O passado ainda cobra o seu preço, mas a correção é inevitável. Com risco moderado e DY alto.

RNGO11: alta de 3,9%. FII previsível, com relatórios que já anunciam o que esperar no futuro. A alta também foi uma correção e ainda não colocou o DY no mesmo patamar de fundos similares.

domingo, 28 de setembro de 2014

Vale: stop?

Abaixo de R$ 24,00 Vale5 é venda, pois confirma um pivot de baixa. Mas ainda falta o candle abrindo e fechando abaixo de R$ 24,00. Durante a semana que passou, Vale namorou seu suporte, sem contudo perde-lo, apesar de ter fechado em R$ 23,77. Uma nova queda nesta segunda-feira e está consolidada a perda deste suporte.


OS 5 ERROS MAIS COMUNS DE QUEM INVESTE EM FII: 3 - ADQUIRIR FUNDO DE FUNDOS

Qual o sentido de comprar um fundo de fundos? Diversificar? Reduzir riscos? Buscar ganhos superiores à média em função da gestão ativa? Facilitar os controles? O que justifica colocar o dinheiro num fundo de fundos?

Primeiro, vamos analisar a ilusão da diversificação e diluição dos riscos. A diversificação de ativos é uma forma de reduzir riscos. Existem diversos tipos de riscos e um fundo de fundos reduz a maioria desses riscos. Infelizmente, alguns riscos permaneceram e outros se acentuam. Reduzem-se os riscos ligados aos imóveis e títulos e elevam-se os relacionados à administração e gestão. O recente imbróglio do IR deixou claro que o investidor não deve subestimar os riscos relacionados à gestão.

Outra vantagem alegada seria a gestão ativa. Ela garantiria ganhos adicionais que um investidor comum, por conta própria, não alcançaria. Todavia, até agora os gestores de fundo de fundos tiveram uma atuação pífia (ver gráfico do BCFF11B). Apesar de alguns bons momentos no passado, no longo prazo a gestão ativa não fez a diferença. Esse fracasso pode ser explicado pelos limites da gestão ativa. O principal é a falta de agilidade desses fundos. Por exemplo, se um fundo de fundos decide vender um determinado ativo, para “realizar lucro”, provavelmente pressionará as cotações, reduzindo significativamente seus ganhos. O mesmo acontecerá na compra, quando a atuação do fundo acaba por elevar o valor do ativo alvo. Um investidor individual pode negociar o mesmo ativo sem pressionar as cotações. O problema enfrentado pelos gestores de fundo de fundos é agravado pelo fato dos FIIs terem baixa liquidez, dificultando a gestão ativa.

A alternativa para o investidor seria ter um número razoável de fundos comuns na carteira, obtendo assim a mesma diluição dos riscos. Mas essa estratégia tem a desvantagem requerer a análise de uma grande quantidade de fundos e, posteriormente, manter os controles de cada um, especialmente para o cálculo do imposto de renda em caso de alienação. Comprando um único fundo de fundos ficaria tudo mais fácil. Então, qual o problema? A prudência aconselha que o investidor estude a composição do fundo que está comprando, um trabalho que esbarra na falta da transparência dos fundos de fundos. Sem conhecer detalhes da carteira e a estratégia adotada pela gestão ativa fica inviável avaliar o fundo. O VP seria um bom parâmetro, mas a falta de uma metodologia padrão para o cálculo do VP tira a credibilidade desse indicador. Para piorar no mercado encontram-se coisas absurdas do tipo “fundo A aplica no fundo B que aplica no fundo A”.

A história mostra que fundos de fundos é um péssimo negócio. Eles estão entre as maiores perdas do mercado, alguns com cotação abaixo do valor de IPO depois de anos de negociações. Talvez no futuro os fundos de fundos possam cumprir o que prometem, mas hoje, investir neles não é a melhor opção.




quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Edifício Galeria: rendimento definitivo

R$ 0,715092623. Esse é o valor que EDGA11B pagará, sem valores a mais por pagamentos atrasados ou não recorrentes. O DY é de 0,87% ao mês, muito acima da média dos fundos de tijolo.

domingo, 21 de setembro de 2014

Duratex: olho na MM

Parece uma montanha russa, sem pivots claros, sem uma tendência de longo prazo. Mas a MM50 salva a análise e diz quando comprar ou vender. Para quem tem paciência.


CSN: mudando de tendência?

Depois de estragar a festa de muitos investidores, com um topo duplo seguido de uma queda de 25% em pouco mais de 1 mês, a CSN3 voltou a dar esperanças. A recuperação dos últimos dias se deu no momento certo pelo IFR e permitiu romper a LTB. Mas não foi o momento certo para um pivot de alta e pode se tornar um pivot de baixa. As indefinições recomendam cautela.


sábado, 20 de setembro de 2014

Ibovespa: formando um pivot de baixa

Como esperado, o Ibovespa corrigiu (subiu) e fez a primeira parte de um pivot de baixa (parou a alta em 61,8%). No mom,ento faz a segunda parte do pivot, que se confirmará se cair abaixo dos 56.800 pontos. Se confirmar o pivot, o primeiro objetivo seria os 53 mil pontos. Desculpas no noticiário para tal não faltarão.


https://www.facebook.com/pages/%C3%81baco/1414657675471628

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Cemig: no topo

Infelizmente, Cemig PN mais uma vez parou na sua resistência histórica. Péssima notícia: pode perder quase metade de seu valor atual. Cemig pode voltar a ser Cemico.


Ibovespa: perdendo os suportes

O Ibovespa perdeu um portante suporte, em 58.100 pontos. A queda abrupta ainda não tirou o índice da tendência de alta no médio-prazo. No curto-prazo, o índice deve testar os próximos suportes (próximo alvo 55.750 pontos), mas uma correção deve ocorrer em breve, que poderá, ou não, ser o inicio de um pivot de baixa.


quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Marcopolo semanal

POMO4 têm forte suporte em R$ 3,83. Da última vez que analisamos respeitou esse suporte e teve uma forte alta. Caminha para testar novamente, mas desta vez numa configuração de acumulação. Para trades de curto e médio prazo é uma boa opção.


terça-feira, 9 de setembro de 2014

Petrobras semanal: não passou dos 38,2%

No último gráfico sobre Petrobras (aqui) consideramos que o ativo ainda estava numa tendência de acumulação, apesar da forte alta registrada no curto prazo. Depois de um mês, este ainda é o cenário, visto que o ativo fracassou na tentativa de romper os 38,2% fibo. Agora caminha para testar a LTA. Se perdida, podemos ter uma queda no curto e médio prazo. No longo prazo, a tendência é de acumulação.


CCRO3: semanal

O gráfico em semi-log mostra o longo movimento de alta, nem sempre tranquilo. Setor difícil, dependente das políticas governamentais, leva o ativo a subir "em etapas", superando eventuais "crises". Atualmente luta para superar uma resistência e dar mais um "salto".


domingo, 7 de setembro de 2014

Vale: hora de comprar?

A VALE5  está com tendência de baixa, mas se aproxima dos R$ 24,00, forte suporte, e em situação de sobre-venda. É um ponto de compra, para trade de curto-prazo, com auxílio de stop, pois se cair abaixo de R$ 24,00 poderá buscar os R$ 16,00. No médio e longo prazos a tendência é de queda.


Ibovespa: objetivo atingido

O Ibovespa atingiu o objetivo do último pivot e perdeu a LTA. A semana fechou com o mercado realizando lucro, mas não há muito espaço para cair: suporte em 58.100 pontos.


OS 5 ERROS MAIS COMUNS DE QUEM INVESTE EM FII: 2 - Não Estudar a Composição da Carteira do Fundo


2 - NÃO ESTUDAR A COMPOSIÇÃO DA CARTEIRA DO FUNDO

Gumercindo é um cara boa praça, pai de dois filhos e com uma linda esposa. Depois de anos trabalhando, conseguiu fazer uma boa poupança. Sempre preocupado com o futuro da família, decidiu colocar uma parcela dos recursos num Fundo Imobiliário. De perfil conservador e muito cuidadoso, decidiu adotar alguns critérios na hora de escolher o FII: nada de fundo com imóvel ou inquilino único; nada de fundo de CRI; preferência por gestão ativa. Gumercindo é um investidor que deseja segurança, por isso prefere distância de fundos como SPTW11, NSLU11B, HCRI11B, AEFI11, EDGA11B, CNES11B, etc. Como é ciente de sua inexperiência no assunto, prefere que um gestor tome as decisões, selecionando e administrando os ativos. Por isso, escolheu os fundos em função do renome e da experiência da administradora. Depois de analisar as opções do mercado, Gumercindo decidiu investir no BBCR11 e, para diversificar, o BPFF11.

O problema de Gumercindo é que ele é incoerente. Quer evitar o risco, mas não percebe que, de forma indireta, adquiriu fundos que queria evitar. Seu erro foi não estudar em que ativos estava investindo, a carteira dos fundos que escolheu. A maioria das pessoas que investem em fundos complexos (gestão ativa, papel, desenvolvimento, alavancados ou fundo de fundos) simplesmente não sabem no que estão aplicando. Um bom exemplo é o BRCR11. Este fundo, além de imóveis, possui cotas de outros fundos, inclusive um exclusivo que não é negociado em bolsa. O resultado é a falta de transparência. Mesmo que Gumercindo quisesse, seria difícil avaliar a carteira. Resta acreditar na capacidade de gestão do administrador, supostamente comprovada através do DY recente. Mas selecionar um fundo baseado apenas na reputação do administrador e no histórico do DY, ignorando a composição e características da carteira, é algo temerário.

O DY pode ser um bom indicador para selecionar um FII, mas há limites. Na verdade, devemos tentar identificar o potencial de DY. Um complicador típico de fundos complexos e de papeis é a grande variação nos rendimentos pagos, o que prejudica a apuração do DY. Isso se deve a composição da carteira. Os fundos de papeis são compostos por CRI’s cujos pagamentos podem ter periodicidade mensal, trimestral, semestral ou anual. Até recentemente as administradoras buscavam alguma dar uma linearidade aos pagamentos de proventos, mas persistia alguma variação, principalmente como resultante das oscilações dos índices adotados pelos CRIs. Alguns fundos de tijolo também apresentam variações no pagamento dos proventos, em função da existência de contratos com periodicidade não mensal. Essas variações afetam significativamente o DY do fundo, dando a ilusão ao investidor que fundo está pagando pouco ou muito. No caso dos fundos de fundos e mistos a situação se torna ainda mais complexa, pois a origem das oscilações no DY está nos fundos investidos, tornando árduo o trabalho de análise. Por conta dessas características, investidores desatentos podem estar ignorando oportunidades ou se metendo em furadas.

Outro detalhe importante que o investidor deveria observar são características detalhadas de cada imóvel ou CRI que compõem a carteira do fundo. Recentemente alguns fundos da Hedging-Griffo se envolveram num imbróglio por conta de CRI’s de um shopping. Uma pesquisa sobre o histórico dos CRIs que compõem esses fundos revelaria que no passado recente esses ativos já apresentavam problemas (desde dezembro de 2013). Apesar de não ser algo fácil, com paciência é possível descobrir do que se trata cada CRI. Os imóveis dos fundos de tijolo também exigem atenção. Não basta apenas a aparência, a foto bonita no prospecto ou no relatório mensal. É preciso investigar a fundo as características do imóvel, desde a existência de certificações e classificações, a localização e a ausência de pendências e pendengas. Um imóvel com localização ruim terá problemas eliminar eventuais vacâncias, mesmo que seja novo e lindo (ex: Memorial Office). E esse acompanhamento da carteira deve ser rotineiro, e não apenas na hora da compra. Um shopping pode ganhar um concorrente e micar. Não dá para ficar sempre na confiança do gestor.

Quando ocorrem variações nas cotações de FIIs no mercado em função de eventos não significativos é sinal de que os investidores não estão considerando plenamente a composição da carteira dos fundos. Existem fundos onde há a atuação de quem especula ou adota estratégias de curto prazo que podem pressionar momentaneamente as cotações, como no caso dos fundos com parcela dos proventos com periodicidade de pagamento anual, onde investidores de curto prazo vendem as cotas tão logo recebam o provento anual. Um investidor que desconhece a composição da carteira pode acreditar que o fundo micou e vender suas cotas no susto.
Traçar estratégias e tomar decisões a partir da composição da carteira do fundo é algo trabalhoso, mas a experiência prova que não é possível terceirizar essa tarefa. Ainda não temos administradores e gestores com bom histórico na condução de fundo de fundos. A ausência de conhecimento da composição da carteira e a falta de acompanhamento dos ativos são erros comuns que podem trazer prejuízos. Os FIIs são uma ótima alternativa de investimento, mas ainda exige um bom esforço do investidor.

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Ibovespa: shooting star

Padrões de reversão sempre dependem de uma confirmação, que ocorre no pregão seguinte. Nesta segunda-feira tivemos um shooting star, um forte padrão de reversão, mas que depende de uma queda no próximo pregão para confirmar. Como o Ibovespa atingiu seu objetivo imediato, aumentam as chances de vermos um período de realização.


segunda-feira, 1 de setembro de 2014

4 FIIs para o mês de setembro

Agosto foi um mês difícil, mas que terminou com boas notícias. Dos 4 fundos indicados em agostos, 2 tiveram aumento nos proventos a serem pagos em setembro e apenas uma indicação (BPFF11) gerou prejuízo. Por isso, poucas mudanças nas indicações de setembro:

RNGO11: fechou o mês de agosto com DY de 0,89% ao mês, muito acima da média. Cumpre o que promete;

EDGA11B: elevou os proventos, pagou os atrasados. Muito subestimado;

NSLU11B: teve mais uma elevação nos proventos. O DY de 0,91% ao mês compensa os riscos;


MFII11: pequeno fundo, com apenas R$ 12 milhões de PL, administrado pela Planner. Quase desconhecido, mas pagando 1,08% ao mês de forma consistente. Tem liquidez, ainda que reduzida. Teve elevação nos proventos esse mês. Não é um fundo de tijolo ou papel, mas de desenvolvimento, com tempo de duração indeterminado e que distribuí 100% dos lucros. Vale pela diversificação.

OS 5 ERROS MAIS COMUNS DE QUEM INVESTE EM FII: 1 - Acreditar no VP


1 - Acreditar no VP

Recentemente, ao analisar o MXRF11, mostramos porque o VP (Valor Patrimonial) não é uma boa ferramenta de análise de fundos de papel. A ausência de um normativo que obrigue as administradoras a seguir um modelo de apuração do patrimônio líquido resulta na adoção de diversas metodologias, resultando em distorções. Os fabulosos descontos apresentados por alguns fundos são ilusórios, resultado da metodologia empregada para apurar o valor patrimonial.

No caso dos fundos de tijolo, a situação não é muito melhor. O VP seria importante se o objetivo do fundo fosse obter lucro com a compra e venda de imóveis (caso do HTMX11B). Mas a maioria dos fundos de tijolo busca apenas auferir ganhos com a locação dos imóveis. Um imóvel mal localizado pode ter uma vacância elevada. Neste caso, o administrador pode tentar eliminar essa vacância reduzindo o valor dos aluguéis. Ou seja, na prática, o imóvel vale menos.

 Alguns casos excepcionais são lembrados como justificativa para comprar FIIs abaixo do VP. O mais recente foi do MSHP11, que recebeu uma proposta de compra pela participação do fundo no Shopping Largo 13, no valor de R$ 74 milhões, sendo que o PL do fundo estava avaliando em R$ 84,4 milhões. De fato, quem comprou cotas pouco antes do anúncio teve um lucro extraordinário, mas a oferta ficou abaixo do VP e os cotistas antigos, a maioria, sairão perdendo se o negócio for concretizado (vão exercer prejuízo). Se a administradora recomendar a venda, podemos concluir que ela errou na avaliação o imóvel. Portanto, acreditar no VP informado e na existência de descontos não é a melhor forma de decidir que fundo comprar.

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