quinta-feira, 31 de março de 2016

Resultado das indicações de março de 2016

Neste mês de março o IFIX subiu 9,16%. Ficou provado a falta de lógica da queda sofrida pelos FIIs nos dois primeiros meses do ano. A taxação dos fundos, principal motivo da queda, já tinha sido retirado de pauta do congresso no final de dezembro. A taxa de juros, outro motivo alego, interrompeu sua tendência de alta. Restou o aumento da vacância. Mas como explicar a queda ocorrida em fundos de papel ou dos monoinquilinos? Resta a única explicação lógica: a especulação, que, como sempre, funciona apenas no curto prazo.
As indicações do blog tiveram um bom desempenho, rendendo 10,7% no mês. Só uma indicação teve uma alta inferior a 10%. A análise de cada um:

FAED11B: indicação conservadora, fundo de tijolo que não foi afetado pelos movimentos especulativos. Teve um rendimento de 5,6% (considerando os proventos). Manteve a fama de ser um porto seguro.

FEXC11B: entregou ao investidor 12,4%, recuperando-se das quedas sofridas nos meses anteriores.

SDIL11: melhor desempenho do mês, apesar dos dois últimos pregões terem sido marcados por notícias desfavoráveis: deu 13,3%. O fundo fechou uma renovação de contrato com a BR Foods por mais 5 anos, com contrato se encerrando em 2028. Em troca, o fundo vai conceder um desconto de 24,5% sobre o valor do aluguel nos próximos 6 meses.Na nosssa opinião, essa é uma boa notícia, pois indica interesse por parte da BR Foods em permanecer no local. Curioso é que não foi dado data para a desocupação de 3 módulos que a BR Foods havia anunciado a devolução. Isso pode indicar que a empresa pretende manter os módulos durante o período de desconto no aluguel. Péssima foi a notícia da devolução de um módulo pela Royal Canin e redução em 8% no valor do aluguel do módulo que continuará alugado. Pela devolução será pago uma multa equivalente a 6 meses de alugueis. Com tudo isso, a vacância aumentará de 9% para 32,2%. Já o calculo dos próximos proventos é mais complicado, pois depende de quando as multas começaram a ser pagas e quando os imóveis serão definitivamente desocupados. Mas, mesmo que os proventos caiam 30%, quem comprou no início de março, vai ter um DY de 0,88%, valor superior a maioria dos fundos do segmento, com potencial para atingir um DY superior a 1%, se conseguir novos locatários. É o típico caso de um fundo que vale a pena manter na carteira, pensando no longo prazo.

XPCM: uma alta de 11,6%, apesar das especulações.

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